sexta-feira, 28 de agosto de 2015
Sobre tudo dentro de mim
Hoje o dia foi incrível - eu diria há uns dois a três anos. Não mais - sou mais realista agora, hoje o dia foi bastante proveitoso, foi bom. Cheguei antes da hora, andei pelos corredores vazios, escancarei a porta da sala 314A e contemplei a sala vazia, escura, silenciosa. O quadro em branco. O projetor desligado. Apenas alguns funcionários passavam pelo corredor. As outras turmas estavam em horáeio de aula, já a turma ao lado não tinha aula de manhã, talvez a tarde.
Acendi as lâmpadas e encostei a porta atrás de mim. Dei dois passos à frente e parei pois havia uma aranha flutuante bem à frente. Entrei numa fileira de cadeiras e me acomodei em uma delas, mais pro dinal da sala do que pro começo, onde estava o quadro. Fiquei ali pensando que deveria pegar umas folhas e estudar, mas em vez disso, fiquei ali só. Estava com sono, não seria nada produtivo, além do mais as pessoas logo chegariam e me atrapalhariam a concentração. Apósuns quarenta minutos, o professor entraria em sala
Matéria: anatomia patológica. Assunto: arteriosclerose.
Que aula produtiva! A tirma estava um pouco faltosa, pois havia um simpósio que alguns teriam ido no horário de aula. Já eu, não posso me dar a regalia de falar aula assim.. Ainda mais porque o congresso era pago.
Assisti à aula satisfeita porque o assunto é aplicável a certas pessoas da minha vida. Então, tirei umas dúvidas com o professor no final da aula - o qie eu quase não faço, por timidez ou sei lá o quê - e desci o viaduto na minha companhia. Minhas amigas foram embora na frente, estavam com pressa. Bem, eu também, mas não podia perder a oportunidade de tirar a dúvida de desde a aula passada.
Era o seguinte: pessoas com placa de ateroma na carótida, mas com pouca obstrução, devem mudar alguma coisa na vida?
Resposta: sim. Fazee alguma atividade física, alimentação, manter o colesterol sob controle, se for hipertenso (não é o caso) aferir periodicamente a pressão. Beber um vinho diariamente ajuda também, de qualidade. Mas o fator genético também atrapalha, aí não tem muito o que fazer.
E aí eu lerguntei: "e se a pessoa virar vegetariana?" E resumidamente ele respondeu que "não adianta fazer isso e a pessoa sai de casa e leva um tiro na cabeça, ou seja, não adiantou". Aí a pessoa não aproveita a vida.
Pois é, caros. A questão toda gira em torno disso. De aproveitar a vida. até para médicos, experts em saúde física, mental, espiritual. Vamos nos ajudar a sermos felizes. A fazermos bem a nós mesmos.
Então, tirei minhas dúvidas e fui uma das últimas a sair de sala. O projetor foi desligado, o computador desligado, a sala foi esvaziada. Ela não se esvaziou. As coisas são tão inertes sem nós, seres humanos. Por isso que às vezes me orgulho de ser gente. De poder fazer acobtecer e ter uma capacidade intelectual aprimorada.
voltei pra casa, almocei dias da tarde, e é isso. Hoje o dia tá bom. Só falta uma companhia. Um boy. Mas é isso né. Nem tudo a gente pode ter na hora que bem entender. Ah, a carência! Largue do meu pé pois você não é minha sombra.
Bom final de semana!
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
Primeira vez
não, me desculpem. Para este blog, não me didico a vocês, leitores. Este blog foi feito para mim. Para meus sonhos, minhas aventuras, meus anseios que eu tenho que guardar e aprisionar todos os dias.
Não se enganem com o endereço do blog: não se trata de uma estudante de Medicina, apenas. Trata-se de algo muito maior. Algo que eu não sei se todos têm dentro de si.
Bom, talvez, quem sabe, eu fale sobre a Medicina. Quem sabe da matéria, quem sabe da vida. Mas eu quis falar sobre o dia a dia, por isso fiz um blog novo: porque minha vida tem sido bastante diferente.
É desafiador pegar um ônibus e viajar 2 hiras ate a faculdade! Bem, tenho ondireito de vomitar minhas angústias, me poupem. Viu falar, sim!
Mas o pior náo é o cansaço. O pior são as pessoas que querem te assediar, mesmo que seja só um princípio. O pior é você ver cada cachorro olhando pra bunda de qualquer mulher que passe. O pior é você não pider se arrumar por medo de ser assaltada.
Então. Hoje meu dia foi assim. Carona com mãe - van - faculdade - van - carona - catequese da irmã - restaurante (janta) - casa - banho - agora.
Meu curso é ótimo. Estou amando! Mas pra uma federal... Queria ganhar meu dinheiro logo!
Meu amigo passou pra uerj um ano depois que eu entrei e já ganha 400 reais pela monitoria que ele dá. Na minha faculdade, você não ganha absolutamebte nada!! E ainda paga mensalidade. Isso é cruel! Ainda ter que pagar condução... Não é fácil!
E a.minha independéncia? E meu livre-arbítrio? Quando vou ser protagonista da minha vida?
Sabe, não e culpa necessariamente da faculdade, mas eu gostaria de estar em uma melhor, pública. Estudando, ganhando, sendo reconhecida, fazendo projetos científicos. Me sentir mais engajada. Não quero apenas cursar um período após o outro pra pegar meu CRM. Óbvio que é suado, é desgastante, é às vezes doloroso. Mas a gente aprende a sufocar algumas coisas pra aprender a guiar melhor o barco, e acaba não sentindo tanto as tempestades. A calmaria é tanta às vezes que até enjoa (sei que é contraditório). Todo navegador precisa de um pouco de correnteza. Queria pular do barco, nadar forte e chegar a um navio. Olhar lá de cima o barquinho e acenar pra quem estiver lá ainda. E chamar: ei! Vem pra cá! Não fica aí só remando,não! E aí ele pula da canoa e vem vindo. Isso é lindo.
Mas é preciso ousadia, coragem, senso de direção, fé, amizades, capacidade de julgamento apurado (porque não adianta nadar até um navio pirata, né?!), perseverança, auto-controle, e objetividade. Ser autônomo, perspicaz, ter auto-conhecimento. Acho que só.
Essas coisas são básicas, sério. Para se chegar a elas, contudo, deve-se ter concentração e foco. E essas são as mais difíceis e com as quais eu luto tanto de uns anos pra cá - filhas da mãe!
Então, pessoal, por hoje é isso. Achonque desabafei um pouco aqui e isso me faz bem. Qualquer dia eu volto com mais aventuras.
Beijo, beijo!
Lígia Coelho.
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