domingo, 8 de maio de 2016

Uma profissão de amor

Segundo uma definição da internet, profissão é: "ocupação, emprego que requer conhecimentos especiais e geralmente preparação longa e intensiva; ofício".

 Muito antes de nós nascermos, antes mesmo de sermos gerados, elas estão lá, se preparando, se preocupando, contando dias, planejando, sonhando. Lendo, se organizando, se perguntando se é o tempo certo, se não é, se estão preparadas o suficiente. E então nós somos gerados, e então nascemos. Não quero me prolongar demais aqui, mas a questão é uma: elas se preocupam conosco antes mesmo de termos consciência própria. Nascemos com uma dívida de amor. Mãe é imensidão. 
De fato, ser mãe é ter um emprego não remunerado. Todo dia acordar, cuidar, escorar, rezar. Todo dia e noite. Ah, as noites mal dormidas! Foram tantas, infinitas, sua pilha (filho!) parecia interminável. E ela, cansada, ia até você fingindo paciência. Paciência tem limite. Amor, não. E por isso ela estava ali.

Ser mãe é emprego porque requer conhecimentos mais que especiais, e é uma preparação que ocorre de acordo com os acontecimentos. Preparação emocional, psicológica e - quem diria! - física. Não sabias, mas carregar um pequeno bebê fofo no colo dia e noite faz os músculos hipertrofiarem - e doerem sem os intervalos que a academia oferece entre uma série e outra. Dor e amor ininterruptos. Porque amor é dor também.

Mãe que é mãe bate de frente com o filho na adolescência quando ele parece não perceber tudo que recebeu até hoje. Mãe que é mãe falha sim, e falha de novo, mas reconhece e procura melhorar. E filho que é filho sabe conversar, sabe compreender e aceitar o que há de bom e mesmo o que não há. Mãe que é mãe observa seu filho chegar à noite da varanda do segundo andar, na rua deserta, e vê que seus ensinamentos estão gerando frutos, mas que não é por isso que não vai ser sofrido. "Largar" o filho, deixá-lo ir, deve ser muito doloroso para as mais apegadas. Deixá-lo ir com outro alguém que não você, com uma mulher ou com um homem, quem será ele/ ela? Vai ser tão bom para ele quanto você foi? 

Mas, sabe de uma coisa, mãe? Deixa ele ir um pouco. Deixe-o ir aos poucos, para que não vá de supetão. Porque assim, ele vive, assim como você tem vivido. Deixe-o (a) ter seus próprios filhos, ter seus caminhos, suas verdades. A mãe mostra o caminho, mas quem o percorre, é outra pessoa. Até aqui, mãe, nosso muito obrigada! 

Te amo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


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